A construção civil brasileira vem passando por grandes transformações em sua forma de organização do trabalho, exigindo cada vez mais competências do trabalhador, face a adoção de novas tecnologias, novos sistemas de gestão e controle. Exige-se do trabalhador polivalência, espírito de trabalho em equipe, maior produtividade, capacitação profissional e iniciativa. Entretanto, as estatísticas do nível de escolaridade dos profissionais de nível básico (pedreiros, carpinteiros e outros) ainda assusta.
Alguns estudos apontam que mais da metade dos trabalhadores da construção civil situam-se num nível referente ao 4º ano do antigo primário, sendo grande parte destes, analfabetos. É imprescindível, portanto, para combater os erros executivos, os retrabalhos, os altos níveis de acidentes, que geram uma desvalorização do profissional da construção civil, principalmente no que diz respeito à auto-estima, investir em educação.
Existem iniciativas interessantes como a da Construtora Laguna , que em parceria com o Sindicato das Escolas Particulares do Paraná e a "ONG FAÇA PARTE", capacita seus trabalhadores nos próprios canteiros-de-obras. O projeto, denominado "Canteiro da Educação" trabalha a educação fundamental dos alunos. Óbvio que a qualidade das obras x qualidade da educação dos trabalhadores aparece de forma relevante nos acabamentos, na organização do canteiro, no atendimento e nos processos da empresa.
O fato é que não adianta somente reclamar, mas ter ATITUDE e fazer a nossa parte. Assim como esta iniciativa da Laguna, existem outras ações educativas em todo o Brasil na área de construção, quando falamos em educação ou qualificação do trabalhador. Ver mais em http: \\www.cbic.org.br
Resgatar a auto-estima dos trabalhadores e melhorar a imagem do setor da construção depende disto... espera-se que estes trabalhadores tenham um mínimo de convívio em sociedade e ajudem o setor a se desenvolver!
