Empresas de construção em Portugal tentam fugir da crise

Em Portugal, o setor da construção civil vem apresentando grandes dificuldades desde o ano passado. O país não consegue suprir um volume de obras públicas para manter as empresas ativas e ao mesmo tempo as construtoras não dão escoamento ao estoque de imóveis (falta crédito e as unidades estão desvalorizadas),  segundo a Associação de Empresas de Construção Civil e Obras Públicas (AECOPS). 

As empresas de construção defrontam-se com um grave problema de liquidez, resultante da falta de obras e cuja solução imediata está principalmente no pagamento, o mais rápido possível, das dívidas do Estado às empresas. O ritmo de falências é alarmante, chegando a três por dia. Os desempregados do segmento representam 14% dos inscritos nos chamados Centros de Emprego portugueses.

Para se ter uma ideia, com relação às obras públicas, as pendências chegam a 2 bilhões de euros em dívidas. E, a região sul do país é onde existe maior concentração de falências, principalmente Leiria/Castelo Branco.

Empresas líderes como a Mota-Engil e Soares da Costa diversificaram suas atuações ou se internacionalizaram, pois, seus lucros estavam despencando no 1º semestre de 2011. Assim, ainda conseguiram ficar em TOP 50 na Europa, no setor.

As soluções passam pela mudança na lei de arrendamento, criação de novos fundos imobiliários e quitação das dívidas. Situação complexa! Proposta foi apresentada ao Ministério da Economia pela associação.