O dinamismo da construção curitibana

Após anos de estagnação, a partir de 2008 inúmeras construções surgiram na capital paranaense, de simples habitações residenciais, passando por edifícios comerciais e hotéis; até a implantação de “shopping centers”. Os curitibanos circulam pela cidade e se admiram com a velocidade com que florescem de pequenas edificações a vultuosos arranha-céus. Os tapumes, guindastes, caminhões e um contingente enorme de trabalhadores fazem parte do “novo” cenário da cidade. 


Este ciclo de crescimento do mercado imobiliário é fruto da percepção dos principais agentes do setor sobre a importância estratégica deste mercado para o desenvolvimento econômico. É sabido que foram adotadas inúmeras medidas para a melhoria da segurança jurídica nos negócios, houve aumento das garantias e hoje há uma boa previsibilidade das principais variáveis que afetam a decisão de investir em construção. Tudo isto somado a aspectos como estabilidade econômica, melhoria da renda da população, investimento das empresas do setor em eficiência organizacional, aumento do crédito imobiliário, redução do IPI de materiais de construção e a decisão do governo brasileiro de priorizar investimentos. 


O grande salto ocorreu com a chegada das empresas de capital aberto, que com um enorme volume de recursos captados em bolsa de valores, viram a oportunidade de ampliar seus negócios, por intermédio de compra, fusão, aquisição ou “joint ventures”, com construtoras e incorporadoras regionais. Assim, ficou estabelecido um novo patamar de competição, com novos preços, preocupação com o marketing e uma maior atenção no desenvolvimento dos produtos imobiliários. Apesar das construções estarem concentradas nestas grandes empresas, outras construtoras e incorporadoras de menor porte continuaram atuando, principalmente em nichos específicos. 

Este ano (2012) começo ou um pouco diferente. Mas, mesmo com os lançamentos reduzidos no primeiro semestre e com os clientes com mais opções de compra, a previsão é de que o setor continue forte, pois, precisam ser entregues inúmeros empreendimentos de diversos portes e tipos pelo menos nos próximos dois anos. 

Quanto aos desafios, continuam os mesmos: falta de mão-de-obra qualificada, burocracia na aprovação de projetos, preços elevados de terrenos, carência de engenheiros, aumento dos custos operacionais, entre tantos outros. Mas, com passos precisos e consistentes o mercado imobiliário avança, com produtos diferenciados e de alto valor agregado, empresas capacitadas e consumidores cada vez mais atentos e exigentes. 

Creio que este é apenas o começo de uma trajetória de muito trabalho e sucesso para os empreendedores que sonham em desenvolver seus negócios em uma cidade pujante e dinâmica e que está aberta a oportunidades.