Demanda por galpões e condomínios logísticos aquece o setor e causa otimismo para o segundo semestre
O aquecimento do mercado de galpões e condomínios logísticos tem sido responsável por garantir otimismo ao setor de logística nacional em 2022, apesar das incertezas que pairam sobre a economia durante um ano eleitoral. A demanda por esse tipo de imóvel foi impulsionada, sobretudo, pelo crescimento do e-commerce durante a pandemia da Covid-19. No entanto, não arrefeceu diante do avanço da vacinação e do maior controle da crise sanitária.
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No primeiro semestre deste ano, o setor de galpões e condomínios logísticos faturou R$ 2,6 bilhões em contratos de aluguel. O valor corresponde a mais de 60% do faturamento alcançado em todo o ano de 2021, que foi de R$ 4,3 bilhões.
Os números foram divulgados em relatório realizado pela SDS Properties, associada da Associação Brasileira de Logística (Abralog), em parceria com a Fulwood.
Diante das projeções positivas para as vendas on-line no país, a expectativa é que a busca por galpões e condomínios logísticos siga em alta. A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) estima crescimento de 12% em 2022, em comparação com o ano anterior.
A relação entre os dois setores é mútua. Com o uso de galpões e condomínios logísticos para a armazenagem de produtos, o e-commerce enxergou a possibilidade de agilizar a entrega para os consumidores.
Em contrapartida, a demanda por esse tipo de imóvel tem ajudado o setor de logística na fase de retomada, já que muitas atividades foram afetadas de forma intensa durante o período mais crítico da pandemia, como foi o caso dos transportes.
Vale a pena investir?
Diante dessa movimentação, os investimentos em imóveis logísticos tornam-se mais atrativos ao investidor. Outro dado apresentado pelo relatório feito pela SDS Properties e a Fulwood mostra diminuição na taxa de vacância.
De acordo com o levantamento, o índice é considerado “saudável” quando está em torno de 10%. No momento, ele é estimado em 9%, apontado como ainda mais positivo.
O investimento em imóveis logísticos pode ser feito com a compra direta da unidade ou de cotas de fundos de investimentos imobiliários (FIIs). A segunda opção é destinada tanto para os grandes quanto para os pequenos investidores.
Como começar a investir no setor logístico?
Na Bolsa de Valores (B3), há diferentes opções de fundos com essa característica. Na lista estão: XP Log (XPLG11), XP Industrial (XPIN11), Votorantin Logística (VTLT11), Riza Arctium Real Estate (ARCT11), Devant Properties (DPRO11), Europar (EURO11), Infra Real Estate (FINF11), Guardian Logística (GALG11), dentre outros.
Para investir nesse tipo de fundo, é necessário abrir uma conta em uma plataforma de investimentos para ter acesso ao sistema da B3. A ordem de compra é feita pela internet e, ao adquirir a cota, o investidor passa a ter uma participação no fundo.
Os valores das cotas são diversificados. De acordo com os dados divulgados pelo Clube dos FIIs no dia 8 de setembro, os preços na B3 variavam entre R$ 9,75 e R$ 900,59. Esse tipo de fundo possui gestão profissional e, por isso, cobra taxa administrativa, que também oscila.
Na avaliação da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), os FIIs são considerados os investimentos mais seguros da B3, ao lado dos fundos de índice (ETFs). Isso porque, na prática, o investidor está aplicando o dinheiro em imóveis. Os principais riscos associados à operação são a taxa de vacância e a depredação da unidade.
OBS: este artigo é meramente informativo e não é uma recomendação de investimento!