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Curitiba lidera valorização imobiliária nacional e rentabilidade acima da renda fixa atrai investidores

Com alta de 18% em 2024 e crescimento da demanda por locação, capital paranaense se consolida como um dos melhores mercados para investir no Brasil. Confira as dicas de especialistas para aproveitar as oportunidades.

Com o preço médio do metro quadrado de R$10.700, quase 80% maior do que há uma década (R$5.970 em 2015), Curitiba se consolidou como um dos mercados imobiliários mais promissores do Brasil. Em 2024, a capital paranaense liderou o índice FipeZAP de valorização de imóveis entre as capitais brasileiras, com alta de 18%.

Além disso, a cidade figura entre as melhores para investimentos em locação, segundo o Ranking Melhores Cidades para Investir em Imóveis 2025, da startup MySide. Com uma rentabilidade anual média de 13,5% entre 2019 e 2024, a cidade ocupa o quarto lugar no ranking nacional. “Curitiba oferece excelente relação custo-benefício em comparação com outros grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro. E parte da recente valorização dos imóveis na cidade se deve a um ajuste de preço, que estava abaixo do valor real considerando a qualidade de vida, infraestrutura urbana e as oportunidades que a capital oferece”, avalia o diretor da JBA Imóveis, Ilso Gonçalves.

O cenário de valorização imobiliária de Curitiba, aumento da demanda por locações e novos modelos de moradias tem atraído investidores, em busca de retorno mais vantajoso do que o das aplicações em renda fixa. De acordo o analista, o momento é oportuno para os investimentos imobiliários. “O mercado imobiliário tem ótimo retorno, pela capacidade de geração de renda passiva e segurança diante das oscilações econômicas. Com a valorização imobiliária dos últimos anos em Curitiba e rendimento de aluguel de cerca de 6% ao ano, a soma é de rentabilidade anual na casa de 20%. E isso considera o cenário da Selic calculada em 13,25% pelo Banco Central. Ou seja, é bem mais vantajoso investir em imóveis do que deixar o dinheiro no banco, mesmo com a taxa básica de juros alta. No mercado imobiliário, é preciso fazer projeções a médio e longo prazo. O dinheiro aplicado vai render no máximo 12% no ano. Um imóvel em Curitiba pode trazer uma rentabilidade bem superior", afirma.

Ele explica que o cálculo de rentabilidade com o investimento imobiliário deve considerar o índice anual de valorização do imóvel e a renda com aluguel ou a economia feita sem o gasto com a locação, descontando despesas como condomínio, IPTU, manutenção e as taxas de cartório. “Os imóveis são mais rentáveis, atualmente, do que qualquer aplicação em renda fixa”, ressalta o especialista. Com a taxa Selic atual, o rendimento da poupança é de 0,5% ao mês. Os principais fundos de renda fixa estão rendendo entre 10,5% (CDB - Certificado de Depósito Bancário , LCI - Letra de Crédito Imobiliário e LCA - Letra de Crédito do Agronegócio) e 12% ao ano (CDI - Certificado de Depósito Interbancário).
Novos modelos de moradias: rentabilidade ainda maior

Com o aumento da demanda por locações em Curitiba, o crescimento da oferta de produtos imobiliários voltados aos aluguéis de curta ou média permanência tem contribuído para um cenário ainda melhor, segundo o diretor de locação da JBA Imóveis, Lucas Delagnelo. “Curitiba tem recebido vários lançamentos com apartamentos compactos, entregues mobiliados, equipados e decorados, e que têm gestão de locações terceirizadas. Já existem várias opções de imóveis que ultrapassam a média de rendimento do aluguel convencional em Curitiba, que varia de 0,4% a 0,6%. Em alguns casos, a rentabilidade alcança 1,25% ao mês", conta. É o caso dos imóveis de empreendimentos que permitem as locações flexíveis, como as das plataformas Airbnb, Yogha e Housi.

Mas, Delagnelo ressalta que, embora mais lucrativo, esse tipo de investimento apresenta alguns desafios. “A alta rotatividade de locatários pode gerar custos maiores com manutenção e riscos de furtos. Além disso, despesas como água, energia e condomínio geralmente ficam a cargo do proprietário. Por outro lado, o aluguel tradicional oferece estabilidade e menor complexidade de gestão. Com contratos de longa duração, o proprietário transfere boa parte das despesas ao inquilino, garantindo maior previsibilidade”, defende.

Segundo o diretor, é importante considerar que os imóveis novos têm custos de manutenção reduzidos nos primeiros anos. Já condomínios com poucas unidades e portaria 24 horas tendem a ter taxas mais altas, o que pode impactar a rentabilidade. Para investidores iniciantes, as dicas dos especialistas da JBA são:

Optar por imóveis novos e compactos: esses tipos de propriedades oferecem maior facilidade na manutenção e alta demanda, especialmente em localizações centrais.


Fazer análise de custos: antes de adquirir o imóvel, avaliar a taxa de condomínio, o estado de conservação do produto e os custos previstos de manutenção. Imóveis com taxas condominiais elevadas podem dificultar tanto a venda quanto a locação.


Buscar terrenos em desenvolvimento: em regiões que estão crescendo, lotes e propriedades tendem a valorizar acima da média do mercado.


Fazer manutenção preventiva: adotar uma abordagem proativa com manutenção ajuda a evitar reparos de alto custo e mantém o imóvel valorizado.


Escolher o tipo de locação: o aluguel flexível pode ser mais lucrativo, mas requer mais gestão e está sujeito a maior rotatividade. A gestão terceirizada é interessante, mas é importante considerar que há cobrança de taxa administrativa. Já o aluguel tradicional oferece estabilidade e é ideal para investidores que buscam menor envolvimento na administração.



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