Estoque em Curitiba recua mais 4% e preço médio dos imóveis residenciais novos acumula correção próxima à inflação


O mês de janeiro foi de compra de imóveis em estoque em Curitiba. A pesquisa realizada pela Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi/PR), em parceria com a BRAIN Bureau de Inteligência Corporativa, mostrou que o estoque recuou mais 4% no primeiro mês de 2017, em relação a dezembro de 2016, totalizando 7.407 apartamentos para a venda na capital paranaense. Nos últimos 12 meses, o estoque de apartamentos residenciais novos acumulou queda de 22,6%. Em janeiro de 2016, havia 9.575 unidades disponíveis em Curitiba. O estudo é o mais completo do setor de incorporação imobiliária para Curitiba e região.


Para o presidente da Ademi/PR, Jacirlei Soares Santos, isso mostra que, no setor de novos, o mercado imobiliário retomou o seu equilíbrio. “O ano passado foi sobretudo de consumo de estoques, tanto em Curitiba quanto em outras praças do Brasil. Esforços promocionais de redução de estoque de prontos, bem como a recuperação de distratos, e mais flexibilidade negocial foram os elementos de maior empenho da maioria das empresas que, com isso, obtiveram bons resultados comerciais. Assim, 2017 começou com uma baixíssima oferta de novos. Hoje, já há mesmo bairros e tipologias com zero ou quase nenhuma oferta, em Curitiba, por exemplo”, analisa.

Nos últimos 12 meses, tendo janeiro como referência, o padrão que apresentou a maior baixa de unidades residenciais em estoque foi o econômico (com preço de R$ 200.001,00 a R$ 250 mil), cuja disponibilidade ficou quatro vezes menor, com apenas 341 apartamentos à venda. Os imóveis nos padrões standard (com preço de R$ 250.001,00 a R$ 400 mil) e médio (com preço de R$ 400.001,00 a R$ 700 mil) tiveram queda de 28% e 24%, totalizando 1.646 e 1.323 unidades à venda, respectivamente. O estoque de studios, lofts e apartamentos de um dormitório recuou 23%, com 1.435 unidades.

“O ano começou com menos lançamentos residenciais do que em janeiro de 2016, apenas um empreendimento foi lançado no mesmo mês desse ano contra três no ano passado, consequentemente com uma oferta menor de unidades, e a opção acabou sendo pela compra do imóvel em estoque. Quase a metade do estoque é de unidades prontas, mas também existem unidades na planta e em construção”, comenta diretor de Relações Institucionais da Ademi/PR, Marcelo Gonçalves.

A pesquisa da Ademi/PR e da BRAIN mostra ainda que a valorização anual dos imóveis residenciais novos em Curitiba ficou em 5,5% em janeiro, com preço médio do metro quadrado privativo a R$ 6.910,82, próximo à inflação que fechou o período em 5,3%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) dos últimos 12 meses. Os imóveis com três dormitórios apresentaram a maior correção, ultrapassando a dos apartamentos de quatro dormitórios, da ordem de 7,1%, com preço médio do metro quadrado privativo a R$ 6.846,00. 

Na análise por bairro para janeiro desse ano, o Batel continua a deter o maior valor do metro quadrado privativo para as tipologias de um, dois e três dormitórios, com metro quadrado privativo médio de R$ 10.677,00, de R$ 11.243,00 e de R$ 11.002,00, respectivamente. Para os apartamentos de quatro dormitórios, o Juvevê desbancou o Batel como bairro com o maior preço médio do metro quadrado privativo para a tipologia, a R$ 14.588,00.

A pesquisa da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi/PR) e da BRAIN Bureau de Inteligência Corporativa, em janeiro de 2017, contou com uma amostra acumulada de 378 empreendimentos residenciais novos (na planta, em construção ou concluídos) para venda por construtoras, incorporadoras e imobiliárias em Curitiba, coletados diretamente junto às empresas do setor.

Fonte: contato@memilia.com