O
índice de atividade da Indústria da Construção de Minas Gerais
acumulou alta de 7,4 pontos no primeiro semestre deste ano e foi 3,6
pontos superior ao apurado em junho de 2016. Vale destacar que, em
junho, o indicador registrou 40,6 pontos e, apesar de, ainda
demonstrar queda na atividade, pois está abaixo dos 50 pontos, ele
cresceu 1,3 ponto na comparação com o mês anterior (39,6 pontos).
O
indicador de nível de atividade em relação ao usual para o mês
foi de 28,1 pontos em junho, representando queda de 1,4 ponto em
relação a maio (29,5 pontos). Ainda assim, foi o melhor resultado
para o mês nos últimos três anos. No acumulado do primeiro
semestre de 2017, o índice registrou alta de 5,5 pontos.
O
indicador de evolução do emprego cresceu 1,2 ponto na passagem de
maio (39,5 pontos) para junho (40,7 pontos). “Ainda que aponte
recuo na força de trabalho do setor, ao permanecer abaixo da linha
divisória dos 50 pontos, o índice acumulou elevação de 9,1 pontos
nos primeiros seis meses do ano e foi 3,3 pontos superior ao de junho
de 2016”, de acordo com o economista e coordenador do Sindicato da
Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais
(Sinduscon-MG), Daniel Furletti.
Condições
financeiras - Os indicadores que avaliam a satisfação dos
construtores com a margem de lucro operacional e com a situação
financeira das empresas apresentaram pequena melhora em relação ao
primeiro trimestre de 2017. No entanto, os resultados ainda apontaram
o descontentamento dos empresários da Construção, ao permanecerem
abaixo dos 50 pontos. Na comparação com o primeiro trimestre de
2017, o índice de satisfação com a margem de lucro operacional
cresceu 2,8 pontos, registrando 32,6 pontos no segundo trimestre de
2017. O indicador de satisfação com a situação financeira
aumentou 4,6 pontos, alcançando 35,4 pontos no período abril-junho
de 2017.
Crédito
- O índice que avalia a facilidade de acesso ao crédito recuou
2,2 pontos em relação aos três primeiros meses do ano, alcançando
26,6 pontos no segundo trimestre do ano. O indicador varia de 0 a 100
pontos. Valores inferiores a 50 pontos indicam dificuldade de acesso
ao crédito.
Principais
problemas do setor - A demanda interna insuficiente seguiu
liderando o ranking dos principais problemas enfrentados pela
Indústria da Construção pelo nono mês consecutivo. No segundo
trimestre de 2017, a dificuldade foi apontada por 51% dos
entrevistados.
A
elevada carga tributária e a falta de capital de giro dividiram o
segundo lugar, com 27% das citações cada. Vale ressaltar que ambos
os problemas perderam intensidade na comparação com a última
pesquisa. A falta de capital de giro, que desde o primeiro trimestre
de 2015 oscilava entre o quarto e o sexto lugares, situou-se na
segunda colocação pelo segundo trimestre consecutivo.
A
inadimplência dos clientes foi indicada por 24% dos entrevistados e
permaneceu na quarta posição nas últimas quatro leituras.
Expectativas
para os próximos seis meses - O índice de expectativas em
relação à atividade da Construção mineira recuou 4,2 pontos na
passagem de junho para julho, registrando 42,9 pontos. O indicador
continuou abaixo dos 50 pontos, sinalizando queda da atividade nos
próximos seis meses. Contudo, vale destacar o aumento de 2,8 pontos
frente a julho de 2016, apontando empresários menos pessimistas
nessa base comparativa. O indicador que mede as expectativas dos
construtores em relação a novos empreendimentos e serviços
apresentou relativa estabilidade na passagem de junho (45,8 pontos)
para julho (45,3 pontos). Em relação a julho de 2016 o indicador
registrou elevação expressiva de 8,2 pontos. O índice relativo às
expectativas de compras de insumos e matérias-primas registrou 41,0
pontos em julho. Esse foi o menor resultado apurado em 2017. O
indicador de expectativas de emprego registrou 43,0 pontos em julho,
revelando queda no número de trabalhadores nos próximos seis meses.
Apesar disso, o índice foi 4,7 pontos superior ao de julho do ano
passado, sinalizando que a propensão do empresário para demitir tem
diminuído.
A
pesquisa - A Sondagem da Indústria da Construção de Minas
Gerais é elaborada pela Gerência de Estudos Econômicos da
Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) em
conjunto com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e em
parceria com o Sindicato da Indústria da Construção Civil no
Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG). As informações solicitadas
são de natureza qualitativa e resultam do levantamento direto
realizado com base em questionário próprio.
Daniel Furletti_coordenador sindical Sinduscon_MG.jpg |
Fonte: Interface Comunicação - Lorraine Souza (31) 3211.7507 / (31) 98455-8458
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