Apartamentos de até R$ 400 mil são o principal mercado de novos em Curitiba

Crédito : divulgação
Os apartamentos novos com preço de até R$ 400 mil apresentaram uma redução média de estoque de 9% nos últimos 12 meses, tendo agosto como mês de referência, segundo a última pesquisa realizada pela Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi/PR), em parceria com a BRAIN Bureau de Inteligência Corporativa, destacando-se entre os demais padrões. Segundo o presidente da associação, Jacirlei Soares Santos, esse resultado revela que, hoje, esse é principal mercado de lançamentos para venda em Curitiba, voltado para o atendimento de ciclos demográficos.



“Passado um cenário de elevação do desemprego, alta na inflação que diminuiu significativamente o poder de compra, da restrição de acesso ao crédito e da ainda tímida queda da taxa de juros para financiamento imobiliário pelos bancos privados (a Caixa que detém mais de 50% de participação nesse mercado ainda não anunciou a diminuição dessa taxa), houve uma redução no preço médio de venda do imóvel residencial novo. Ao mesmo tempo, fica claro que essa demanda é quase integralmente para moradia, notadamente para a compra do primeiro imóvel”, analisa Santos.

Os incorporadores e construtores estão atentos à essa demanda. A pesquisa da Ademi/PR e da BRAIN revelam ainda que, no último ano, os empreendimentos standard (com preço de R$ 215.001,00 a R$ 400 mil) foram os que registraram o maior número de lançamentos na capital paranaense, acumulando alta de 14% em agosto desse ano em relação ao mesmo mês do ano passado (12 novos edifícios lançados), assim como o maior volume de apartamentos colocados no mercado, com alta de 13,4% (1.191 novas unidades).

Os imóveis de luxo (com preço de R$ 1.000.001,00 a R$ 2 milhões) também apresentaram crescimento na oferta lançada, com aumento de 10,3% em empreendimentos no último ano (3 novos edifícios) e de 10,7% em unidades (156 novos apartamentos). “Esse é um mercado de nicho em Curitiba, com uma demanda bastante específica, e o fato de ele ser o setor que registrou um dos maiores crescimentos é bastante relevante. O padrão atende ao movimento de upgrade, ou seja, pessoas que buscam um imóvel maior ou mais moderno e usam o apartamento atual como parte do pagamento”, avalia o vice-presidente da Ademi/PR, Leonardo Pissetti.

Ainda segundo a pesquisa, nos últimos 12 meses, houve crescimento de 11,2% dos lançamentos de empreendimentos com studios, lofts e apartamentos de 1 dormitório (7 novos edifícios em agosto desse ano). Já o aumento em unidades foi mais tímido, de 4,8%, num total de 311 novos imóveis. 

“Esse foi um dos padrões com grande volume de lançamentos nos últimos anos, com muitos apartamentos disponíveis. Os novos empreendimentos estão vindo com menos unidades, e até agora o estoque está estabilizado, mostrando uma retomada do imóvel como investimento imobiliário para locação, dada a redução da rentabilidade das aplicações financeiras pelo controle da inflação”, destaca Santos. 

Preços - O preço médio do metro quadrado privativo dos apartamentos novos na capital paranaense no último ano foi duas vazes maior do que o registrado pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), com alta de 5,4%, a R$ 7.058,00. “Isso é reflexo do aumento dos lançamentos de luxo, que detém maior preço médio de vendas em Curitiba, assim como pelo equilíbrio do próprio mercado imobiliário, que veio de um longo período de redução de lançamentos e estoque”, comenta Pissetti.

Na análise por bairro para agosto desse ano, o Batel continua a deter o maior valor do metro quadrado privativo para todas as tipologias com metro quadrado privativo médio anunciado entre R$ 10.616,00 e R$ 13.038,00, respectivamente. O estoque de imóveis residenciais novos em Curitiba acumulou queda de 1,1% em agosto desse ano em relação ao mesmo mês do ano passado, com 8.169 imóveis disponíveis para venda. 

A pesquisa da Ademi/PR e da BRAIN de agosto teve uma oferta lançada acumulada de 385 empreendimentos residenciais novos (na planta, em construção ou concluídos) de construtoras, incorporadoras e imobiliárias em Curitiba, coletados diretamente junto às empresas do setor.

Fonte: 
Maria Emilia Staczuk
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