Segundo ele, os reajustes que precisavam ser feitos já ocorreram em 2021, e as condições de mercado permitem a estabilidade das taxas
O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, reafirmou nesta quarta-feira, 19, que não espera mais aumentos de juros no financiamento imobiliário por parte do banco. Segundo ele, os reajustes que precisavam ser feitos já ocorreram em 2021, e as condições de mercado permitem a estabilidade das taxas.
"Não estamos precificando mais aumento nos juros do crédito imobiliário, já aconteceu", disse ele, em transmissão ao vivo para comentar os resultados do banco no segmento. A Caixa é líder no financiamento habitacional, com mais de 66% do mercado
O executivo afirmou que, para definir as taxas, a Caixa segue os juros futuros com vencimento em oito anos, que é a duração média dos contratos. Por isso, diante de uma menor volatilidade na comparação com o ano passado, seria possível manter as taxas no nível atual.
Segundo Guimarães, o banco espera um crescimento de pelo menos 10% no crédito habitacional neste ano em relação a 2021, ano de recorde histórico, com R$ 140,6 bilhões concedidos. O mês de janeiro, acrescentou, se iniciou também com máximas históricas nos contratos de financiamento .
Pedro Guimarães - Presidente da Caixa (Divulgação/Agência Estado) |
Balanço
A Caixa fechou 2021 com 6,1 milhões de contratos ativos no financiamento habitacional, e lidera com folga o mercado do segmento, com 66,3% do total, consideradas todas as linhas. No financiamento às empresas de construção, foram desembolsados R$ 31,3 bilhões apenas em 2021, alta de 27,1% em relação a 2020.
"A Caixa tem mais de R$ 553 bilhões na carteira de crédito imobiliário", disse Guimarães, ao destacar que mais da metade das concessões, ou R$ 82,8 bilhões, foi por recursos do SBPE, o financiamento feito com recursos da poupança.