Tenho estudado a performance do setor da construção civil no Brasil, mais especificamente do subsetor edificações. Alguns estudos feitos pelo Instituto MacKinsey e pela Universidade Federal Fluminense comparam nossa produtividade com as dos Estados Unidos da América e países da União Européia.
Nossos principais sintomas são ainda: baixa produtividade e qualidade, informalidade, falta de modularidade de componentes, pouca utilização de conceitos da Tecnologia da Informação, alta incidência de tributos e encargos e reduzida utilização de máquinas e ferramentas.
Com o Programa Minha Casa Minha Vida, um déficit habitacional que ultrapassa a casa de 6 milhões de moradias e fontes alternativas de financiamentos privados, será necessário sim racionalizar a construção e pensar em um novo paradigma organizacional.
Nossa produtividade é equivalente a 15 % na norte-americana, os prazos de licenciamento de edificações levam uma eternidade e nosso índice de novas patentes está muito abaixo da dos países desenvolvidos.
Existem avanços, claro, mas esbarra no modelo “custe-o-que-custar”. Nos Estados Unidos a margem de lucro líquida é de cerca de 5 %. No Brasil, varia de 10 a 15 %. Utiliza-se aqui o chamado “cost plus”, ou seja, a obra pode custar o que custar (preço = custo + administração + lucro). Mas, isto está mudando. E o cenário é muito animador para os próximos anos, com um setor ainda mais organizado e produtivo. Para isto, entretanto, há a necessidade de uma grande mudança na forma de pensar, na cultura de empresários e trabalhadores.
Mãos à obra!
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