CONSTRUÇÃO CIVIL: UM PRATO CHEIO NESTAS ELEIÇÕES. E DEPOIS?

Em época de disputa acirrada por vagas no legislativo e no executivo, em vários níveis, muitos candidatos a estes postos tem tratado a construção civil como um setor prioritário. Sabe-se da importância da cadeia produtiva deste setor na economia brasileira e de todo o processo de alavancagem de outros segmentos. Nos últimos anos, a CBIC - Câmara Brasileira da Indústria da Construção através da União Nacional da Construção tem cumprido um importante papel ao divulgar números, ações e representação da cadeia produtiva.
O que preocupa é a existência de diversos projetos habitacionais, alguns sem fundamentação teórica e consulta aos empresários. As instituições do setor (acredito)  estão atentas a todas estas infindáveis propostas que estão aparecendo na mídia e nas "falas" dos candidatos.



Nos últimos anos houve evolução, com aumento das possibilidades de acesso a crédito para financiamento da "casa própria", principalmente pela população de baixa renda. O Programa Minha Casa, Minha Vida é uma boa alternativa, mas que precisa evoluir muito, não só na realização das metas para quem de fato precisa das edificações, mas no uso de projetos complementares, com foco social.
Segundo dados de O Globo menos de 1% dos recursos para a população de até 3 salários mínimos chegou a estes beneficiários. Este público representa cerca de 90% do déficit habitacional brasileiro. Mas, a prioridade da CAIXA foi direcionar os recursos para famílias de 3 a 5 salários mínimos. O que impacta são os altos custos dos terrenos e a necessidade de parcerias para infraestrutura. O programa do Governo Federal tem a meta de construir dois milhões de casas, o que ajuda muito a alavancar a candidatura do PT nas pesquisas. A diferença de cerca de 20 % é bem significativa em comparação ao candidato do PSDB.
Eu, como consumidor, consegui adquirir um imóvel na época do Presidente FHC (PSDB), mas para a classe média, com recursos da CAIXA. A boa notícia é de que a legislação e as condições evoluiram muito, desde a alienação fiduciária, queda dos juros, tributação de pequenas empresas e redução da burocracia. 
Nossa expectativa é de que independente dos rumos das eleições, os vencedores dos pleitos deste ano continuem lembrando que a CONSTRUÇÃO CIVIL existe e é FUNDAMENTAL para a construção de país melhor. Atender a demanda habitacional é só o começo.
Basta ouvir o setor para ampliar os resultados, pois, sabe-se o que a população precisa...
Forte abraço! Vamos continuar construindo o país que queremos...