Como Funciona a Implosão de um Edifício?



Sempre que há uma implosão como a que ocorreu na área central de Brasília recentemente, há uma curiosidade geral por parte da sociedade sobre métodos utilizados para tal fim. São cenas dignas de um filme de Hollywood. Esvaziamento da área, trânsito bloqueado, espaço aéreo fechado, sirenes e tudo o mais.
O fato é que uma implosão é uma técnica de demolição que utiliza explosivos para destruir uma construção de forma rápida e controlada. Ela pode assim ser considerada porque a quantidade de explosivos utilizada é feita conforme procedimentos de engenharia que asseguram um caráter não catastrófico ao evento. Ainda, tem os disparos dos gatilhos cronometrados e os explosivos são localizados em pontos específicos da estrutura. O objetivo justamente é enfraquecer o arcabouço estrutural e permitir que a ação da gravidade cause a queda do edifício. As normas são extremamente rígidas e somente profissionais e empresas altamente capacitadas podem atuar neste tipo de atividade.







Só para se ter uma ideia o prédio de Brasília em apenas 5 segundos veio abaixo. Foram utilizados 150 kg de explosivos e uma rede de proteção foi instalada para impedir que o entulho fosse arremessado para longe. Sobraram 17 mil toneladas de entulho, que deverão ser reciclados.
Vimos que uma implosão se faz com explosivos, método e engenharia. O grande desafio é calcular como e onde o prédio deve cair. Quando o edifício fica em uma área urbana, é necessário que ele simplesmente caia no próprio eixo, sem tombar para nenhum lado nem ameaçar os vizinhos. Normalmente os engenheiros explodem os pilares do centro do térreo e, depois de menos de 1 segundo, os próximos às paredes. Em seguida, desaba a área central. É preciso atenção para que sejam derrubadas com antecedência e manualmente algumas peças, evitando que a estrutura suporte a detonação. Em prédios muito elevados, por segurança, colocam-se explosivos em vários andares.


Uma pena ter que demolir, mas muitas vezes é necessário. Construções obsoletas e com riscos à segurança de transeuntes. Aí entra a engenharia de demolição e implosão.

Grande abraço.

0 Comentários