Recentemente precisei fazer uma grande busca das obras em andamento no Brasil, tanto privadas como públicas, para um grande cliente internacional. Compartilho com vocês um recorte do PAC - Programa de Aceleração do Crescimento, que é um dos principais programas do governo federal e tem como objetivo a expansão do investimento em infraestrutura, visando à aceleração do desenvolvimento sustentável, aumento da produtividade e superação dos desequilíbrios regionais e das desigualdades sociais.
Foi baseado no relatório de gestão do governo federal. Constam as principais obras rodoviárias, de saneamento, habitacionais e ferrovias, que estão em execução ou com previsão de implantação.
Os aeroportos e obras de energia não foram relacionadas, mas faço um comentário sobre o assunto no final do post.
Habitação
Nome
|
Investimento
(R$ x 1.000.000)
|
Local/Estado
|
%
Executado
|
Billings (urbanização de favelas, sistema de esgoto e recuperação
ambiental)
|
873,8
|
Guarapiranga-São
Paulo
|
46%
|
Complexo do Alemão (urbanização de favelas, teleférico, integração
transporte,etc)
|
825,9
|
Rio de Janeiro-RJ
|
76%
|
Bacia do Beberibe (urbanização e construção)
|
527,0
|
Recife e Olinda -
Pernambuco
|
15%
|
Ribeirão Arrudas (requalificação urbana e ambiental, construções)
|
274,0
|
Belo Horizonte e Contagem - Minas
Gerais
|
50%
|
Rocinha (1ª e 2ª etapas de urbanização, recuperação ambiental e
construção)
|
267,4
|
Rio de Janeiro-RJ
|
71%
|
Heliópolis (urbanização da favela, geotecnia e recuperação ambiental)
|
203,0
|
São Paulo - SP
|
47,0%
|
Pedreira Prado Lopes (urbanização e construção)
|
162,3
|
Belo Horizonte - MG
|
62%
|
Terracap
|
73,6
|
Brasília-DF
|
35%
|
Vilas Dique e Nazaré (aquisição de áreas, obras de infraestrutura)
|
200,0
|
Porto Alegre - RS
|
36%
|
Vale do Reginaldo (remoção de palafitas e construção)
|
154,0
|
Maceió - AL
|
10%
|
Guarituba (urbanização e construção)
|
98,0
|
Piraquara - PR
|
15%
|
Vila do Mar (urbanização e construção)
|
113,5
|
Fortaleza - CE
|
17%
|
Paraisópolis (urbanização e equipamentos)
|
320,0
|
São Paulo - SP
|
50%
|
Rodovias (pós 2010)
Nome
|
Investimento
(R$ x 1.000.000)
|
Local/Estado
|
BR-365
|
280,5
|
Minas Gerais
|
Arco Rodoviário
|
639,0
|
Rio de Janeiro
|
BR-101
|
363,8
|
Pernambuco
|
BR-163
|
1.700
|
Pará e Mato Grosso
|
Concessões Rodoviárias (3ª etapa – fase 1)
|
6.500
|
|
BR-319
|
439,1
|
Amazonas
|
BR-101
|
1.032
|
Santa Catarina
|
Ferrovias (pós 2010)
Nome
|
Investimento
(R$ x 1.000.000)
|
Local/Estado
|
Ferrovia Norte-Sul
|
2.800
|
|
Nova Transnordestina
|
3.250
|
Multi-regional
|
Trem de Alta Velocidade
|
33.100
|
Rio de Janeiro-São Paulo - Campinas
|
Ferrovia de Integração Oeste-Leste
|
4.400
|
Multi-regional
|
Extensão da Ferronorte
|
486,5
|
Rondópolis a Alto
Araguaia- MT
|
Saneamento
Nome
|
Investimento
(R$ x 1.000.000)
|
Local/Estado
|
%
Executado
|
Esgotamento Sanitário
|
901,0
|
Baixada Santista
|
77%
|
Despoluição dos Vales dos Rios Sinos, Guaíba e Gravataí
|
1.400
|
Rio Grande do Sul
|
25%
|
Complexo de Manguinho
|
662,2
|
Rio de Janeiro-RJ
|
51%
|
Esgotamento Sanitário na Região Metropolitana de Belo Horizonte
|
611,8
|
Belo Horizonte - MG
|
51%
|
Despoluição da Baía de Todos os Santos
|
611,8
|
Salvador - BA
|
78%
|
Esgotamento Sanitário em Guarulhos
|
358,0
|
Guarulhos - SP
|
50%
|
Abastecimento de Água de Manaus
|
342,6
|
Manaus- AM
|
90%
|
Drenagem Urbana na Baixada Fluminense
|
293,9
|
Rio de Janeiro - RJ
|
60%
|
Abastecimento de Água em Salvador
|
83,7
|
Salvador - BA
|
62%
|
Saneamento Campinas
|
77,2
|
Campinas - SP
|
60%
|
Esgotamento Sanitário em Corumbá
|
55,5
|
Corumbá - MS
|
53%
|
Esgotamento Sanitário em Rio Branco
|
220,0
|
Rio Branco - AC
|
37%
|
Abastecimento de Água em João Pessoa
|
84,9
|
João Pessoa - PB
|
72%
|
Abastecimento de Água no DF e Entorno Sistema Corumbá Sul
|
610,0
|
Distrito Federal e Goiás
|
11%
|
Esgotamento Sanitário Fortaleza
|
400,0
|
Fortaleza - CE
|
16%
|
Urbanização do Igarapé do Mindu
|
201,0
|
Amazonas
|
4%
|
Esgotamento Sanitário Aracaju e Barra dos Coqueiros
|
84,8
|
Sergipe
|
28%
|
Saneamento Integrado Ananindeua
|
74,3
|
Ananindeua - PA
|
18%
|
Esgotamento Sanitário Porto Velho
|
1.200
|
Porto Velho - RO
|
3%
|
Complemento, informando que este ano foi divulgado um estudo do Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) que demonstrou que grande parte dos aeroportos
que receberão investimentos em ampliação e reformas para a Copa do Mundo não
ficará pronta a tempo para o evento esportivo. Não relacionei estas obras. Mas, de acordo com o levantamento do
órgão, as obras de pelo menos 8 dos 13 aeroportos que receberão recursos não
estarão terminadas em 2014. Este estudo leva em conta os prazos médios no
Brasil para a elaboração de projetos, emissão de licenças de instalação pelo
Ibama para obras de infraestrutura, processos licitatórios e obras civis.
A FIFA, em relatórios periódicos, aponta que
o maior gargalo para a realização do evento esportivo está justamente nas obras
dos aeroportos. A INFRAERO investirá R$ 1,4 bilhão ao ano entre 2011 e 2014 em 13
aeroportos, nas cidades-sede do evento. A presidente Dilma Roussef criou uma Secretaria Especial – a de Aviação Civil, para tratar deste assunto.
Outro relatório, mas da ANEEL, comenta que 70% das hidrelétricas em construção no Brasil estão atrasadas. A maioria em regime de concessão. O documento aponta que 19 dos 27 empreendimentos em fase de implantação sofreram entrave nas obras por conta da questão ambiental. A maioria das usinas encontra-se em processo de licenciamento ambiental travado junto aos órgãos ambientais estaduais ou federais. Um bom exemplo é a hidrelétrica de Belo Monte, uma das usinas que ainda depende de licença definitiva para iniciar efetivamente sua implantação. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), órgão licenciador da usina do Rio Xingu, não informa com que data trabalha para a liberação da licença e disse estar "em fase de análise" do processo.
Outro relatório, mas da ANEEL, comenta que 70% das hidrelétricas em construção no Brasil estão atrasadas. A maioria em regime de concessão. O documento aponta que 19 dos 27 empreendimentos em fase de implantação sofreram entrave nas obras por conta da questão ambiental. A maioria das usinas encontra-se em processo de licenciamento ambiental travado junto aos órgãos ambientais estaduais ou federais. Um bom exemplo é a hidrelétrica de Belo Monte, uma das usinas que ainda depende de licença definitiva para iniciar efetivamente sua implantação. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), órgão licenciador da usina do Rio Xingu, não informa com que data trabalha para a liberação da licença e disse estar "em fase de análise" do processo.
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