Blog: População das periferias das regiões metropolitanas cresce mais que as cidades-sede



No dia 28 de julho, o IPEA – Institituto de Pesquisa Econômica Aplicada apresentou o Comunicado nº 102 – Dinâmica Populacional e Sistema de Mobilidade nas Metrópoles Brasileiras, onde demonstra que as periferias das regiões metropolitanas cresceram acima das sedes das metrópoles. O ponto crucial apresentado é a dúvida com relação à mobilidade, pois, não houveram mudanças significativas  com relação à localização dos empregos.

O número total de pessoas que compõem estas regiões é de 86.627.866 (2009), representando 42, 5 % da população brasileira. Verifique abaixo as maiores regiões, com  as respectivas populações :
  • RM de São Paulo – 19.672.582
  • RM do Rio de Janeiro – 11.542.830
  • RM de Belo Horizonte – 4.882.977
  • RM de Porto Alegre – 3.960.068
  • RIDE DF e entorno - 3.760.918
  • RM de Recife – 3.688.428
  • RM de Fortaleza – 3.610.379
  • RM de Salvador - 3.574.874
  • RM de Curitiba – 3.168.980
Grande parte dos municípios-sede tiveram índices de crescimento (entre 2000 e 2009), menores que a média de suas RMs. Uma das exceções é a cidade do Rio de Janeiro. No restante, uma das explicações apontadas é o tipo de crescimento populacional, onde o crescimento da periferia é maior que a das cidades-sede. Outra questão é o alto preço das moradias, incluindo o valor dos terrenos, das construções e do aluguel. 

Como a população não consegue arcar com os custos de moradias nas cidades-sede acaba deslocando-se para as periferias das metrópoles. E, como os empregos continuam concentrados nos municípios-sede, mesmo que observada uma tendência de crescimento dos empregos nos municípios do colar metropolitano, há um enorme fluxo pendular entre os municípios da periferia e as cidades-sede, principalmente no transporte coletivo. 

Por sua vez, o local de moradia se afasta cada vez mais dos locais de trabalho, incentivados inclusive pelas políticas habitacionais que constroem grandes empreendimentos onde o terreno tem custo mais baixo. Existe a necessidade de um sistema metropolitano de transporte de alta capacidade.

Por fim, outro ponto levantado é a falta de uma política efetiva e de gestão para as regiões metropolitanas. 

Caso você queira ver outros dados e análises apontados no relatório, acesso o link do IPEA.

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