Que tal andar de bicicleta?

Com um trânsito cada vez mais estressante e com grandes congestionamentos, principalmente na região central de Curitiba, várias alternativas estão sendo pensadas para desafogar o número de automóveis, como é o caso do metrô que finalmente deverá sair do papel.

Para se ter uma ideia da frota de veículos de Curitiba, nos próximos 10 anos a frota deverá praticamente dobrar, passando de 2 milhões de veículos, se permanecer a margem histórica de crescimento das vendas de automóveis na região.

Hoje, a capital paranaense é a mais motorizada do país. Já possui mais de 1,2 milhão de veículos automotores, sendo 880 mil a frota de automóveis. Por outro lado, apesar das dificuldades citadas, Curitiba é mundialmente conhecida como uma das cidades "amigas" dos ciclistas. Os cidadãos apreciam as áreas verdes e interagem com o meio ambiente, principalmente nos finais de semana.



Mas, sabemos que na prática muito ainda precisa ser feito. Neste sentido, a prefeitura está desenvolvendo um planejamento cicloviário e é possível perceber algumas intervenções que incentivam o uso de bicicletas como meio de transporte.

Além das ciclovias a prefeitura planeja a criação de paraciclos, bicicletários e a adoção de faixas compartilhadas. Também existe um programa chamado "Pedala Curitiba" que incentiva a atividade física e o lazer com passeios noturnos.



E, um grande passo foi dado recentemente. A prefeitura conseguiu captar recursos do Banco Mundial (BIRD) e do Global Environment Facility (GEF) para investir na recuperação da malha cicloviária da cidade. O investimento faz parte de estudo das transformações urbanas, sociais e ambientais causadas pelas mudanças climáticas em Curitiba, feito pelo município em parceria com a empresa canadense SNC Lavalin, contratada com recursos do Bird e do GEF.

Serão destinados pelo GEF, US$ 2,1 milhões, sendo parte desses recursos investidos na contratação de projeto para recuperação de 37 quilômetros de ciclovias na cidade. 

O estudo completo avaliará o impacto das mudanças num horizonte de 100 anos, com base nas modificações urbanas, de ordem econômica e social como empregos que serão afetados, tipos diferentes de empregos que serão criados e outros aspectos. O prazo para o estudo ficar pronto é de 36 meses. 

A etapa das ciclovias está em licitação. A Agência Nacional de Transportes Públicos (ANTP), coordenadora do programa no Brasil, está avaliando as propostas técnicas apresentadas para escolher a empresa que fará o projeto de recuperação de ciclovias.

O que você pensa sobre o assunto? Pedalar é uma boa solução para Curitiba?