A BUSCA POR UM LUGAR AO SOL

Em meio ao grande número de pessoas em busca de um emprego, empresas decidem investir e abrir portas para quem está tentando ingressar no mercado de trabalho





A economia do Brasil atravessa um momento conturbado, empresas fazendo demissões em massa e o nível de desemprego está alto. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de desempregados aumentou em mais de 2 milhões em 2016 e chegou a 12 milhões de brasileiros. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados no fim do ano passado, apontam que Goiás registrou redução do número de empregos formais em novembro deste ano de 0,76% em relação ao mês anterior. 

O levantamento mostra ainda que, se comparado ao ano de 2015, são 11.905 demissões a mais. Mesmo assim, houve aumento no número de vagas em novembro de 2016 em 10 dos 36 municípios de Goiás com mais de 30 mil habitantes. Em termos absolutos, Itumbiara teve o maior saldo de empregos formais (222), seguido de Caldas Novas (135). 



A primeira oportunidade 
Superar a dificuldade e obter um trabalho fixo com pouca ou nenhuma experiência nunca foi uma tarefa fácil, principalmente para quem sempre se dedicou exclusivamente aos estudos. Ketleen Winner sentiu essa dificuldade na pele. Após concluir os estudos a jovem de 25 anos ficou mais de 2 anos desempregada, até que viu na Fast Açaí, franquia voltada para o ramo de alimentação saudável, a oportunidade de entrar neste mercado extremamente concorrido. “Eu precisava muito trabalhar. Minha mãe estava desempregada e o dinheiro que tínhamos era o salário que minha irmã recebia”, lembra.

Em 2013, a jovem recebeu a primeira oportunidade de emprego como atendente de uma unidade da empresa, hoje, três anos depois, ela já é supervisora de loja própria . “Já recebi inúmeras propostas de trabalho, mas eu nunca quis sair da Fast. Gosto muito do que faço e acompanho, diariamente, o crescimento da empresa. Sei que aqui eu posso crescer junto com ela”, relata Ketleen. 

Aos 19 anos de idade, o jovem Chong Lee Maia (20), entrou na Fast como Auxiliar de Produção de Açaí. A dica da vaga veio de um funcionário da empresa e ele resolveu apostar na ideia. Lá dentro, participou de cursos de boas práticas de fabricação e teve seus esforços reconhecidos. Em oito meses, recebeu duas promoções e passou a ser operador. “Fui recompensado pelo meu trabalho e isso é muito gratificante. Muitos dizem que as empresas em que trabalham não dão chances de crescimento, mas a pessoa também tem que estar pronta para absorver as responsabilidades. Com certeza as promoções me incentivam a ser um colaborador cada vez mais motivado”.

A Fast Açaí tem o propósito de dar oportunidades de trabalho para quem nunca teve uma chance no mercado desde o seu início, em 2012. Somente nas 10 unidades próprias da empresa, nestes quatro anos, 23 pessoas puderam ter a carteira assinada pela primeira vez. “Queremos pessoas que venham construir conosco uma marca cada vez mais sólida e frutífera, pensando em saúde e nas gerações futuras”, conta o coordenador de operações das unidades próprias, Saulo Daniel.

Segundo a coordenadora de RH das unidades próprias , diariamente são cerca de 20 currículos que ela recebe de pessoas que não possuem nenhuma qualificação profissional, mas precisam entrar no mercado de trabalho. “Aqui esses funcionários são treinados para executar um bom atendimento. Eles aprendem os princípios da empresa, por isso o trabalho deles flui melhor. Além disso, em caso de mudança, essas pessoas terão a mente mais aberta e aceitarão essas modificações de forma mais fácil”, explica Priscila Pinheiro. 

Independência
Além de uma grande oportunidade para se começar uma carreira, que pode ser brilhante, o primeiro emprego é também um fator preponderante para outro aspecto na vida dos jovens: a busca pela independência. “Eu entrei na URBS RT com 16 anos. Ter o primeiro emprego foi uma ótima experiência para mim. Foi o início da conquista da minha independência. É muito gratificante você receber seu primeiro salário, saber que aquele dinheiro foi merecido, foi fruto do seu trabalho”, conta a auxiliar administrativa Nathalia Yngrid Sousa Caetano, de 18 anos, que aos 16 entrou na URBS RT Lançamentos Imobiliários como “menor aprendiz”, Programa do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE).

Depois de mostrar muito empenho e dedicação no departamento de Arquivo da Imobiliária, onde trabalhou por mais de um ano, no dia 8 de março de 2015 (data em que se comemoram justamente as conquistas femininas) Nathalia recebeu a ótima notícia que seria efetivada no setor de Acerto Final da empresa. “Sabia que ia ser uma ótima oportunidade e lá dentro percebi que já tinha algumas pessoas que foram menores aprendizes e que hoje têm ótimos cargos. Então sempre me dediquei, pois sentia que se eu me esforçasse a empresa reconheceria e foi o que aconteceu”, destaca.

Nathalia afirma que o primeiro emprego já tem influenciado em sua escolha por uma carreira. “Aqui na empresa, especialmente em meu setor, fico sabendo sobre muitas leis, por isso estou pensando em cursar Direito”, revela a jovem, que diz também ter amadurecido muito desde que começou a trabalhar. “Aprendi como lidar com vários tipos de pessoas e ter jogo de cintura em situações mais complicadas”, destaca.

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