Dexco compra 13% da Brasil ao Cubo por R$ 74 milhões e se torna a terceira maior acionista

A Dexco (DXCO3) adquiriu 13% da Brasil ao Cubo por R$ 74 milhões. Assim, a companhia passou a ser a terceira maior acionista, logo atrás do bloco de fundadores e da Gerdau, passando a ter o direito a uma cadeira no conselho de administração.

Os recursos serão utilizados para expansão da capacidade produtiva e no desenvolvimento de novos produtos. Os dois maiores acionistas receberão parcela minoritária dos recursos. A Brasil ao Cubo trabalha com construção modular off-site em estrutura metálica. Hoje a empresa tem capacidade produtiva de 100 mil m² e atende principalmente obras industriais. Contudo, ela deve construir uma nova fábrica com capacidade de 22 mil m².

De acordo com Ricardo Mateus, CEO da startup, serão investidos R$ 50 milhões e as operações do novo local começarão em meados de 2023. Além disso, no próximo ano, a companhia pretende aumentar a participação em projetos residenciais e comerciais.

A aquisição da Brasil ao Cubo
A Dexco fez a aquisição de parte da Brasil ao Cubo por meio do DX Ventures, fundo de corporate venture capital. “Buscamos oportunidades de investimento que têm um certo grau de risco, mas que, no futuro, podem ser muito promissoras”, afirmou Peter Seiffert, CEO da Valetec, gestora do fundo.

A gestora afirma, ademais, que a Dexco pode se preparar para produzir louças e metais sanitários para as novas construções. “Estamos animados a contribuir [com as startups], mas a aprender também e a entender como conectar nosso ecossistema tradicional com essas novas frentes”, explicou Antonio Joaquim, presidente da Dexco.

“Pode ser que o meu negócio de torneiras seja impactado por uma inovação que está surgindo fora daqueles que produzem e comercializam torneiras”, disse o presidente ao afirmar que inovações disruptivas vem, principalmente, de outros setores.

Por fim, Antonio Joaquim apontou as vantagens das startups em relação à velocidade na tomada das decisões e nas inovações. O presidente disse que os investimentos em venture capital focam no longo prazo.

Fonte : Valor Econômico