Argentina Precisa de Mais Moradias

O agravamento do déficit habitacional, as piores condições de moradia e os recentes conflitos na Argentina, tem causado várias discussões dentro do governo e no setor privado. Os preços dos imóveis dispararam e há pouco investimento em construções residenciais para populações de baixa renda. Em 2009 o governo investiu $ 5.276 millhões e este ano foram $ 5.000 milhões. Para 2011, a previsão é da mesma ordem de investimento, quando para acompanhar a inflação deveria ser de $ 8.000 milhões.

O programa mais interessante - o Teto Digno, previa para 2009 concluir 27.500 casas e foram feitas 18.600. Ainda em 2009 foram concluídas 668 casas do Plano de Urbanização de Vilas e Assentamentos Precários, sendo que estavam previstos 1800.

Para agravar, nos últimos dias vimos ocupações de terrenos em Buenos Aires, onde pessoas demarcaram lotes de casas em um parque da cidade - o Indo-Americano, em Villa Soldati. O pior é que seis novos bairros marginais também estavam sendo ocupados, pela falta de atuação da polícia. Os ocupantes ilegais, que segundo dados oficiais passam de 13 mil, querem a entrega de subsídios ou um terreno próprio para construir, somando-se a outros milhares de sem-teto.

Mais de 500 mil dos 10 milhões de habitantes de Buenos Aires e de sua região metropolitana precisam de uma moradia decente.  

Além disto tudo e do aumento dos preços dos terrenos, houve grande migração de cidadãos de outros países da América do Sul, aumentando a população em bairros pobres da periferia. A ONU estima que cerca de 600 mil paraguaios, bolivianos e peruanos chegaram nos últimos anos à Argentina.

Observem algumas imagens do conflito:










Existem boas alternativas técnicas elaboradas pelo próprio governo e iniciativa privada! Conheço algumas delas e a pergunta que fica é: Por que há grande dificuldade em ter uma política habitacional eficaz na Argentina?

Observamos que a própria Venezuela vem avançando...