Comprar imóveis no exterior exige planejamento prévio

Durante o V Enbraci e Cimi 2013, o analista e editor do site Analytic Realty Brasil, Sidney Shauy aborda estratégias para planejar este investimento

Investir no mercado imobiliário internacional exige conhecimento para estruturar o negócio e assim obter sucesso na transação. O analista e editor do site Analytic Realty Brasil, Sidney Shauy, fala sobre o tema no maior evento nacional do mercado imobiliário, o V Encontro Brasileiro de Corretores de Imóveis (V Enbraci) e Congresso Internacional do Mercado Imobiliário (CIMI 2013).

Os eventos ocorrem nos dias 16 e 17 de setembro no Centro de Convenções do Mabu Thermas Resort, em Foz do Iguaçu, Paraná. 

Em entrevista, Shauy aborda os principais aspectos sobre panoramas de mercado e como planejar este investimento.

Mais informações e inscrições no site: www.cimi.rec.br ou enbraci@enbraci.com.br

O que tem atraído os brasileiros a investir no mercado imobiliário internacional?
Uma confluência de diversos fatores. As mais óbvias se explicam pelo estouro da bolha imobiliária nos EUA que derrubou preços, a crise do setor que se seguiu, e a desvalorização do dólar em decorrência dos pacotes multi-bilionários de estímulo à economia pelo Fed, o banco central norte-americano. Do lado doméstico, a economia brasileira vinha de um momento de bom crescimento, que teve como consequências, uma melhora significativa de níveis de renda disponível, especialmente em certos segmentos da sociedade, e a valorização do real, o que aumentou o poder de compra de muita gente.

Além disso, em decorrência dos mesmos fatores econômicos acima, os preços de imóveis no Brasil subiram muito. O diferencial entre custos de aquisição de imóveis nos EUA passou a ser favorável aos brasileiros. Cabe lembrar que este fenômeno não ficou restrito ao Brasil. Trabalho também com clientes chineses e eles têm ainda mais razões para comprar nos EUA.

Como o senhor avalia hoje o mercado os investimentos no imobiliário norte-americano?
OS EUA atraem investidores do mundo inteiro. O país tem instituições estáveis, riscos político-soberanos muito baixos, leis estáveis que dão garantia à propriedade privada e são a maior potência econômica do planeta, apesar da crise. O mercado americano funciona como um porto seguro para investidores do mundo inteiro. 

Como se planejar para este investimento?
Como todo investimento, planejamento prévio é fundamental. Uma situação muito comum acontece quando o brasileiro está em turismo na Flórida e sem querer se depara com um imóvel maravilhoso à venda. Pergunta o preço e para a sua surpresa, custa menos que em sua terra natal, e com isso fica animado e após uma conversa breve com o corretor resolve comprar. Até aí tudo é festa. Mas depois vêm as surpresas desagradáveis no pós-venda. Muitas vezes a pessoa fica desamparada, muitas vezes os planos mudam, e o que era para ser uma coisa feliz pode acabar em desapontamento, e inclusive em prejuízos financeiros e emocionais. Esse é apenas um exemplo para ilustrar a importância do planejamento sério, porém essa compra “por impulso” é mais comum que parece. 

Quais as vantagens em imóveis no exterior?
Isso depende das circunstâncias de cada investidor, seus objetivos e necessidades pessoais. No entanto, podemos comentar em linhas gerais o que geralmente constitui vantagem e desvantagem de investir fora do país.

Vejo este investimento como uma alternativa a mais para o investidor brasileiro que dependendo da conjuntura econômica e da oportunidade certa pode trazer-lhe um perfil risco-retorno bastante favorável. O imóvel internacional constitui um excelente ativo para diversificação de portfólio. Isso ocorre porque a sua correlação com os ativos de investimentos brasileiros é extremamente baixa. O fator de diversificação é mais forte quanto menor for a correlação entre os ativos na carteira, em outra palavras, a probabilidade deles se moverem na mesma direção ao mesmo tempo. Por exemplo, a correlação entre duas ações do mesmo setor de mineração possuem alta correlação e não ajudam muito na diversificação do risco na carteira. Por outro lado, ter um imóvel nos EUA e uma ação brasileira na carteira seria muito melhor por sua baixíssima correlação pois provavelmente não se moveriam em sincronia. 

Serviço:
O que: V Enbraci e Cimi 2013
Quando: 16 e 17 de setembro. Dia 18, exclusivamente ocorre a II Convenção do Sistema COFECI-CRECI
Onde: Centro de Convenções do Mabu Thermas e Resort- Foz do Iguaçu (PR)
Informações e inscrições: www.cimi.rec.br ou pelo e-mail enbraci@enbraci.com.br
Contato: Thatiana Sestrem (47) 9909-5583
Cláudia Reinert (47) 9912-5420