Quem acompanhou o processo de estruturação da África do Sul para a Copa do Mundo da FIFA de 2010 percebeu como foi alavancada a indústria da construção naquele país. Desde quando o presidente da FIFA - Joseph Blatter, anunciou que o país tinha sido selecionado para sediar o evento esportivo mais popular do mundo, sendo o primeiro no continente africano, houveram investimentos pesados na reconstrução e renovação da infra-estrutura.
Investimentos que estavam praticamente abandonos durante o apartheid, chegaram a cerca de 800 bilhões de rands, muito mais que na Alemanha e Japão – Coréia. Os lucros do setor chegaram a 56 %. O ponto negativo foram as quase 30 greves de trabalhadores que ocorreram e a “limpeza” dos pobres em locais como a Cidade de Cabo, amplamente divulgada pela imprensa. Os pobres foram encaminhados para a uma “Área de Realocação Temporária” com cerca de 1300 cabanas de 3 x 6 m.
Mesmo o país não tendo a mesma pujança econômica e a capacidade de investimentos que outros países em desenvolvimento, a África é um dos mais organizados do continente. Os atrasos nas construções e alguns problemas de logística eram previsíveis desde o início. A escassez de leitos para receber os turistas também é outra questão já levantada a 3 ou 4 anos. E, a criminalidade, continua sendo o principal fator de preocupação, tanto para os organizadores como para a FIFA, mas que vem sendo bem gerido pela polícia local até o momento.
A indústria da construção tornou-se um dos orgulhos nacionais, pois, houveram grandes melhorias em estradas, modernização do transporte público, novas habitações e implantação de estádios de classe mundial. Empresas como Sanyati Holdings, por exemplo, conseguiram grande oportunidades de negócios! Outros construtoras e fornecedores de materiais como a inovadora empresa polonesa Mostostal Zabrze, criou uma membrana para a impressionante fachada do Estádio Green Point. A malha de fibra de vidro é revestido com Teflon e pintado de prata. Oportunidades existem... mas, é preciso definir estratégia e traçar um bom plano!
Há a necessidade de avanços em várias áreas como energia, saneamento e outros, mas a Copa do Mundo provou ser um bom trampolim para melhorias em infraestrutura ferroviária e mobilidade urbana. A nação do arco-íris está esperançosa de realizar um grande evento. Vimos suas fragilidades e potencialidades, mas o mais relevante é a possibilidade de melhoria das condições gerais do país.
Esperamos que o Brasil saiba aproveitar bem este evento e deixe um bom legado para todos nós!
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