Lojas Pop-Ups x Mercado Imobiliário : Um Fenômeno em Portugal

Um dos problemas no mercado imobiliário é a saturação publicitária. As pessoas, incluindo potenciais compradores são invadidos por materiais de divulgação de produtos imobiliários logo ao sair do portão de suas residências, com panfletagens, outdoors, placas, homens-seta; e na própria internet, via redes sociais, e-mails e banners diversos.


Neste sentido, tenho acompanhado iniciativas em várias regiões do mundo e o esforço das empresas e investidores para criar alternativas de sucesso no mercado imobiliário. Um país que tem avançado significativamente é Portugal, cuja economia ainda está em fase de recuperação da crise global e todo investimento é fruto de estudos antes de sua implementação.

Uma exemplo é o conceito de lojas temporárias ou pop-ups. Febre em Londres e Nova York, é ótimo para quem quer testar novos negócios. Estas lojas, cujas primeiras experiências de sucesso apareceram em 2006 e, cujo conceito básico é de aparecer e desaparecer em dias ou semanas, ganhou força no mercado imobiliário de Portugal. As lojas tem causado um grande impacto no público, normalmente para lançamentos de produtos ou mesmo de empresas, com foco na experimentação e na melhoria de produtos. 

São instaladas em pontos comerciais relevantes e com boa circulação de pessoas e em geral, não exigem grandes investimentos em infraestrutura, mas sim em planejamento e operação de marketing. Em reportagem da Gazeta do Povo de 2010, já havia comentado sobre este assunto, mas na época as imobiliárias ficavam mais tempo nos shoppings. 

A gigante RE/MAX é uma das empresas que implantou lojas pop-up, em Aqua Portimão. Foi uma estratégia de sucesso para coletar informações de prospects, fazer análise dos produtos, criar um canal mais próximo com os clientes e claro, vender.
Loja Re/Max Sun
A East Banc, no projeto Embaixada, no Príncipe Real, em Lisboa, em outra experiência recente, transformou o Palacete Ribeiro da Cunha em uma mostra de marcas nacionais, com lojas permanentes e pop ups. 

Palacete Ribeiro da Cunha
A CBRE e a Freshbiz são outras empresas que tem grande experiência com este conceito e tem assessorado o mercado português em ações deste tipo, principalmente em shoppings. 

Aos poucos vemos no Brasil, em alguns setores, de decoração, alimentação, moda e cosméticos, iniciativas similares. 

E você, acredita que este modelo pode ter sucesso no Brasil, na área imobiliária? Compartilhe sua opinião.

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