Governo Federal elevou faixas de renda do Programa Casa Verde e Amarela

Vittace Jardim Carvalho - Prestes Construtora (Ponta Grossa)

O Governo Federal neste mês de julho viabilizou uma rodada de estímulos ao programa Casa Verde e Amarela, atendendo a demanda de empresários da construção civil que vinham declinando da contratação de novos projetos em virtude da disparada dos custos dos materiais e dos tetos de preços ainda muito longe do ideal.

O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço aprovou a elevação das faixas de rendas dos beneficiários do programa. No grupo 2, o limite passou de R$ 4 mil para R$ 4,4 mil. No grupo 3, foi de R$ 7 mil para R$ 8 mil. Também foram atualizadas as subfaixas dentro do grupo 2, o que permitirá à população se enquadrar em linhas de crédito com taxas menores. Isso representará queda de 0,75 ponto porcentual a 1,16 ponto porcentual nos juros para uma parte dos novos contratos, dependendo da renda.

No grupo 3, a taxa é de 8,16% ao ano e foi mantida.

O programa tem um peso enorme para o setor da construção civil. Ele respondeu por 42% dos lançamentos imobiliários em todo o país no primeiro trimestre. A parcela, porém, foi bem menor que um ano atrás, quando marcou 56%. 

Seguem os novos limites do programa Casa Verde Amarela

Grupo 2 – Renda máxima passa de R$ 4 mil para R$ 4,4 mil

Primeira sub-faixa do grupo 2 – Renda entre 2,4 mil a R$ 3 mil (antes o limite era de R$ 2,6 mil), com juros de 5,25% ao ano

Segunda subfaixa do grupo 2 – A subfaixa foi dividida em dois níveis. Renda entre R$ 3 mil e R$ 3,7 mil (com juros de 6% ao ano); renda entre R$ 3,7 mil a R$ 4,4 mil (com juros de 7% ao ano. Antes o valor ia de R$ 3 mil a R$ 4 mil (com juros de 6% a 7% ao ano)

Grupo 3 – Renda máxima passa de R$ 7 mil para R$ 8 mil (juros de 8,16% ao ano)

Pró-Cotista
O conselho curador do FGTS também aprovou uma redução efetiva nas taxas de juros do Pró-Cotista, linha destinada a financiamentos de imóveis de médio e alto padrão, fora do Casa Verde e Amarela. 

Para imóveis até R$ 350 mil, houve um corte de 1 ponto porcentual na taxa de juros, para 7,66% ao ano. No caso de moradias acima de R$ 350 mil, a redução foi de 0,55 pp, para 8,16%. Essas medidas serão válidas até 31 de dezembro.

Santos disse que essas medidas devem ajudar a garantir o acesso ao financiamento por parte daquelas pessoas que já compraram o imóvel na planta e estão prestes a receber as chaves. “Isso evita que haja uma aceleração nos distratos”, declarou. “A evolução das taxas de juros estava colocando em risco a finalização dessas operações”.