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Crédito mais fácil, reformas e valorização: o novo momento do mercado imobiliário

Se você está pensando em comprar a casa própria, conquistar uma moradia maior, mudar de bairro ou até investir em imóveis, o momento é um dos melhores dos últimos anos. O Governo Federal anunciou mudanças que ampliaram o acesso ao crédito e tornaram o financiamento mais vantajoso. E Estados como o Paraná ainda possuem subsídios para parcela significativa da população. Acompanhe!

1. Financiamento agora vai até 80% do valor do imóvel

A principal mudança foi o aumento do percentual máximo de financiamento, que passou de 70% para 80% do valor do imóvel. Na prática, isso significa entrada menor e maior chance de aprovação.

Essa nova regra vale para:
a) Sistema Financeiro da Habitação (SFH)

O limite de financiamento foi ampliado para 80%, e o valor máximo do imóvel que pode entrar nessa modalidade passou para R$ 2,25 milhões. Nessa linha, é possível usar o FGTS e pagar juros mais baixos, o que torna o crédito mais acessível também para quem busca imóveis de médio e alto padrão.
b) Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV)

O MCMV já operava com percentuais de 80% a 90%, dependendo da faixa de renda e do subsídio. Com as novas faixas e a criação da Faixa 4 (para famílias com renda de até R$ 12 mil/mês), o programa passou a atender um público ainda maior.

Nas faixas 1 a 3, o subsídio cobre boa parte do valor; já na Faixa 4, o financiamento chega a 80%, semelhante ao SFH, com taxas reduzidas e prazos mais longos.

Em resumo: tanto no SFH quanto no MCMV, o crédito ficou mais acessível e mais democrático.

2. Portabilidade: leve seu financiamento para outro banco

Quem já tem um financiamento também pode se beneficiar. A portabilidade imobiliária permite levar o saldo devedor para outro banco que possa oferecer juros menores ou condições mais vantajosas.


Essa opção é cada vez mais comum e pode gerar uma boa economia ao longo dos anos. Vale a pena comparar propostas, pois, os bancos estão competindo por clientes e reduzindo taxas tanto para novos contratos quanto para transferências.
3. Valorização dos imóveis: Curitiba em destaque

O aumento da procura, a menor oferta e as novas condições de crédito vêm puxando os preços dos imóveis para cima na capital paranaense. Segundo o Índice FipeZAP, Curitiba teve uma valorização de 11,05% nos últimos 12 meses (valor do metro quadrado de venda).

Alguns bairros ultrapassaram essa média, como:

Batel: +16,2%
Centro: +15,6%
Campo Comprido: +15,4%

Esses números reforçam a importância de planejar bem a compra, escolhendo imóveis com potencial de valorização e boa localização, que são fatores que transformam o imóvel não apenas na compra por necessidade, mas também em um investimento seguro. Em 2024 Curitiba foi a capital com maior valorização do país (18%), conforme a mesma fonte.

4. Reforma Casa Brasil: crédito para melhorar o que já é seu

Além das mudanças citadas, o Governo Federal também lançou o Programa Reforma Casa Brasil, voltado a famílias que já possuem imóvel e precisam realizar reformas, ampliações ou melhorias estruturais.

A iniciativa oferece linhas de crédito a partir de R$ 5 mil, podendo chegar a R$ 30 mil ou mais, com prazos de até 60 meses e juros acessíveis.

O programa é destinado principalmente a famílias com renda de até R$ 3.200, mas também contempla faixas maiores, alcançando rendimentos acima de R$ 9.600.

Na prática, o morador pode modernizar ou ampliar sua casa sem recorrer a crédito pessoal mais caro. Uma medida que aquece o setor da construção civil e valoriza os imóveis existentes. É uma política que complementa o financiamento habitacional, incentivando a melhoria das moradias e fortalecendo a economia local.

5. Paraná e o Programa Casa Fácil

O Casa Fácil Paraná, criado pelo Governo do Estado do Paraná e executado pela Cohapar, é um exemplo bem-sucedido de política habitacional regional. Ele atende famílias com renda mensal de até três salários mínimos, que nunca tiveram imóvel próprio e não possuem restrições de crédito.


Essa faixa recebe subsídio direto do Governo do Estado, usado para pagar parte do valor de entrada do imóvel, geralmente entre R$ 15 mil e R$ 20 mil, dependendo do perfil do comprador e do município.

O programa também contempla famílias com renda de até dez salários mínimos, que podem financiar a moradia com juros baixos e prazos longos, mas sem o subsídio direto. Há prioridade para mulheres chefes de família, pessoas com deficiência, idosos e famílias que vivem em áreas de risco ou insalubres.

O objetivo é ampliar o acesso à casa própria e garantir moradia digna em todas as regiões do Paraná, estimulando a construção civil e a geração de empregos.

6. Dicas práticas para quem vai comprar

Simule em mais de um banco, pois, os juros e prazos variam bastante.

Calcule bem a entrada e a parcela. O ideal é que a prestação não passe de 30% da renda familiar.

Use o FGTS com estratégia. Ele pode ajudar na entrada ou na amortização da dívida.

Pesquise o bairro de interesse (fluidez, mobilidade, conectividade, infraestrutura, comércio e serviços) influenciam diretamente na valorização.

Evite comprar por impulso (aproveite o bom momento, mas com planejamento financeiro).

O crédito imobiliário ficou mais acessível, as regras estão mais flexíveis e o mercado está em plena expansão. Segundo dados da Datastore Pesquisas, a demanda imobiliária no Paraná atingiu, neste terceiro trimestre de 2025, impressionantes 33% nos próximos 24 meses, o que reforça o vigor do setor.

Com o novo limite de financiamento, a expansão do Minha Casa, Minha Vida, os programas de reforma e subsídios, o cenário é extremamente promissor.

Mas, lembre-se: o crédito está mais fácil, porém o melhor negócio continua sendo aquele feito com informação, calma e estratégia. Procure sempre um corretor e uma imobiliária de confiança.




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