Elevação do teto vai gerar um aumento de 30% na oferta de imóveis novos dentro do Minha Casa Minha Vida em Curitiba

A elevação do teto dos imóveis financiados pelo programa Minha Casa Minha Vida, que em Curitiba passou de R$ 200 mil para R$ 215 mil, vai representar um aumento de 30% na oferta lançada (de 3.950 para 5.130 unidades) e de 14,5% no volume de apartamentos residenciais disponíveis para a venda (de 1.309 para 1.499 unidades) em Curitiba. O levantamento é da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi/PR), com base nos dados de dezembro de 2016.

O estudo da Ademi/PR revela ainda que na Região Metropolitana, onde o teto ampliado de R$ 180 mil para R$ 190 mil, a oferta (em torno de 8,5 mil unidades) e a quantidade de imóveis residenciais novos disponíveis (em torno de 2 mil apartamentos), ficará estável. De acordo com o presidente eleito da associação que representa as construtoras e incorporadoras no Estado, Jacirlei Soares Santos, o impacto das novas medidas é maior na capital paranaense em função da viabilidade econômico-financeira para a implantação desses empreendimentos.

“A escassez e o custo do terreno para a construção de empreendimentos com esse valor máximo em Curitiba tornam os lançamentos dentro do programa bastante raros, por isso, o impacto em termos de oferta é mais significativo. Já na Região Metropolitana, os imóveis do Minha Casa Minha Vida são a principal oferta de apartamentos em função de melhores condições de áreas e investimentos, fazendo com que a medida seja mais no sentido de manutenção dos lançamentos na região”, explica.

Para o diretor de Relações Institucionais da Ademi/PR, Marcelo Gonçalves, a medida é um importante indicador para a recuperação do mercado e vem corrigir uma defasagem de preços, acompanhando o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), utilizado para a correção do valor do imóvel nos contratos de compra e venda de unidades na planta ou em construção, que ficou próximo a 7%, de outubro de 2015 (última data em que o teto dos imóveis havia sido reajustado) a dezembro de 2016, e próximo à inflação registrada no período, essa acima de 8%.

O aumento da renda familiar para a faixa 3 do programa, que passou de R$ 6,5 mil para R$ 9 mil, também deve melhorar a oferta de crédito aos compradores. “Apesar de os juros dentro do programa serem os mais baixos do mercado, a alta inflação vivenciada nos últimos anos restringiu o poder de compra da população, dificultando o acesso ao financiamento. Essa atualização é uma iniciativa para diminuir a lacuna entre capacidade financeira e preço do imóvel, facilitando a aquisição da casa própria especialmente para quem busca a primeira moradia”, analisa Gonçalves.



Fonte: contato@memilia.com