Crédito da foto: Brooks Freehill |
A empresa de design Skidmore, Owings & Merrill (SOM) construiu uma parceria com a Prometheus Materials, líder em materiais de construção com zero carbono, para projetar e produzir blocos de bioconcreto à base de microalgas. A substituição de materiais tradicionais de concreto com alto teor de carbono – atualmente responsáveis por 8% das emissões totais de dióxido de carbono do mundo – por um bioconcreto com zero carbono pode acelerar rapidamente a transformação da construção civil em uma indústria livre de carbono. À medida que a necessidade de descarbonizar os edifícios se torna mais urgente, os materiais oferecem uma alternativa promissora e imediata de zero carbono aos materiais de construção tradicionais à base de concreto.
“O futuro do ambiente construído é carbono-negativo e, por meio dessa nova colaboração, os edifícios têm o potencial de se tornar parte da solução para as mudanças climáticas, não do problema. Se substituíssemos cada bloco de concreto por uma alternativa de base biológica em nossos projetos de construção, o impacto seria imenso. Reconhecemos a necessidade urgente de novos materiais que atendam a esse desafio. Por meio de nossa colaboração com a Prometheus Materials, a SOM pode desempenhar um papel direto na criação dos materiais que serão a base do nosso futuro carbono-negativo, aproximando nossa visão de um planeta saudável da realidade”, disse Brant Coletta, sócio-gerente da SOM.
O material é criado usando microalgas naturais – uma alga microscópica que sequestra carbono naturalmente – e um processo de biocimentação fotossintética com patente pendente. As microalgas são combinadas com água, luz solar e CO2 para criar um material quimicamente semelhante ao carbonato de cálcio gerado biodinamicamente em recifes de corais e conchas de ostras. Quando misturado com agregado, este biocimento cria um material de construção com zero carbono líquido com propriedades de desempenho mecânico, físico e térmico comparáveis ou superiores ao concreto à base de cimento Portland.
“Os arquitetos, designers, engenheiros e planejadores da SOM estão na vanguarda do desenvolvimento e uso de novos materiais, tecnologias, políticas e formas de pensar sustentáveis para minimizar o impacto climático da indústria da construção”, disse Loren Burnett, Presidente e CEO da Prometheus Materials e Co-Fundador. “Estamos unindo nosso conhecimento altamente especializado em materiais de construção descarbonizados com a profunda experiência da SOM em projetar edifícios inovadores e sustentáveis em todo o mundo”.
A parceria é uma extensão do Urban Sequoia, um conceito que apareceu na COP26 e, que prevê “florestas” de edifícios que sequestram carbono e produzem biomateriais para criar uma nova economia de carbono e um ambiente urbano resiliente.
A Prometheus foi cofundada por uma equipe de cientistas e engenheiros da Universidade do Colorado. Como parte da colaboração, a SOM recentemente se juntou a uma rodada de financiamento da Série A de US$ 8 milhões para a Prometheus.