Imóveis novos e prontos lideram a preferência dos compradores

Quase 65% dos compradores têm preferência em adquirir um imóvel residencial em Curitiba e região até setembro de 2014. A informação faz parte do Perfil Imobiliário 2013, levantamento realizado pela Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi/PR) em conjunto com a Brain Bureau de Inteligência Corporativa, durante a 22ª edição da Feira de Imóveis do Paraná, que aconteceu de 28 de agosto a 1º de setembro, em Curitiba. A pesquisa foi realizada com mil visitantes, tratando-se de uma amostra representativa com 95% de confiança e apenas 3,1% de margem de erro.


Dos entrevistados, 52% demonstraram interesse na compra de um imóvel pronto, 32% disseram-se indiferentes ao estágio de construção do imóvel e 16% preferem optar por uma edificação na planta ou em construção. “Existe alta intenção de compra para uso imediato. Entre os compradores que preferem o imóvel na planta ou em construção, a maior parte deles espera que a entrega seja feita no período de um ano. Vale destacar que, quanto maior a renda familiar, maior é o tempo que o cliente pode esperar para a entrega do imóvel”, revela o presidente da Ademi/PR, Gustavo Selig.

Assim como no anterior, a pesquisa realizada em 2013 apontou a preponderância pela intenção de compra por imóvel residencial, com 96% das menções. Destes, 53% disseram preferir apartamento. “A busca por apartamentos praticamente se mantém segundo os perfis de renda, sendo apenas notável que aumenta a procura por casas de condomínio fechado de acordo com o crescimento do poder aquisitivo do cliente. O mesmo acontece em relação à faixa etária, em que o apartamento continua como opção preferencial”, analisa Selig.

Motivações - Entre os motivos para a compra do imóvel, pouco mais de 50% dos entrevistados citaram o casamento e a saída do aluguel. “Adicionando-se a esse percentual àqueles interessados em sair da casa dos pais, observa-se que mais de 60% dos entrevistados estão em processos típicos de aquisição do primeiro imóvel, indicado a demanda para unidades menores e mais econômicas”, observa o dirigente da associação.

A razão da troca de residência varia conforme a idade e a renda. Entre os 21 a 29 anos, as principais motivações são casar, morar sozinho ou sair da casa dos pais. Para as pessoas de 30 a 39 anos, prevalece a fuga do aluguel. Para a faixa etária entre 50 a 59 anos, é preponderante a troca por uma residência maior ou mais nova.

Em relação à renda, para as famílias com rendimentos abaixo de R$ 4 mil, morar sozinho ou sair da casa dos pais é prioridade. Para a faixa de renda entre R$ 4 mil e R$ 6 mil prevalece o interesse por sair do aluguel. Para os compradores com renda a partir de R$ 6 mil – com ênfase para a faixa de rendimentos acima de R$ 12 mil – a compra do imóvel está atrelada principalmente à troca por uma residência maior ou mais nova. Os principais itens analisados para compra do imóvel são bairro (58%), preço (57%), segurança do bairro (41%), condição de pagamento (40%) e segurança do imóvel (29%).

Imóvel ideal – De modo geral, os imóveis residenciais com três dormitórios, duas vagas de garagem e dois banheiros continuam sendo os ideais pelos compradores. “A busca pelos apartamentos de quatro dormitórios e de um número maior de vagas de garagem concentra-se nas rendas mais altas, acima de R$ 10 mil, e nas faixas etárias mais elevadas, a partir dos 50 anos”, observa o presidente da Ademi/PR, Gustavo Selig. 

O Água Verde continua a ser o bairro mais desejado para moradia (17% das indicações), seguido de Portão (16%) e Santa Felicidade (10%), além do Bigorrilho, Centro, Boa Vista e Cabral, com 8% das citações cada. Para aqueles que consideram relevante haver opções de lazer, a maior importância é dada para espaços como salão de festas, espaço gourmet, churrasqueiras externas e academia. A piscina foi considerada o ambiente da área comum menos importante num condomínio.

De acordo com o Perfil Imobiliário 2013, esse imóvel idealizado pelo entrevistado deveria custar entre R$ 150 mil e R$ 250 mil (37% das citações) ou entre R$ 250 mil e R$ 400 mil (26% das menções). “Se os valores idealizados podem parecer pouco compatíveis com a realidade dos preços dos imóveis novos em Curitiba e região, quando se observa o cruzamento da renda com o preço médio do imóvel desejado verifica-se que ela está em linha com a disponibilidade para aquisição. Isso significa dizer que, via de regra, os imóveis de menor valor alinham-se com rendas mais baixas e compradores mais jovens e os de maior valor com rendas maiores e faixas etárias mais elevadas”, compara Selig.

A pesquisa revelou ainda que os imóveis com valor entre R$ 600 mil e R$ 900 mil e acima de R$ 900 mil são idealizados por aqueles que buscam uma residência maior ou mais nova. As motivações de aquisição de moradia relacionadas ao casamento e à saída do aluguel, embora presentes em todas as faixas de preço, concentram-se nos imóveis com valor até R$ 250 mil.

Casa na praia e sala comercial despontam na preferência para compra do segundo imóvel
O Perfil Imobiliário 2013 também avaliou o interesse dos entrevistados na compra do segundo imóvel. Destes, 26% demonstraram interesse na compra da segunda residência para lazer. Entre eles, 77% preferem casa ou apartamento na praia. O litoral catarinense ratificou sua importância como destino, com 44% do interesse, seguido pelo litoral paranaense, com 25% das citações. Em Santa Catarina, as principais cidades são Balneário Camboriú, Bombinhas e Florianópolis. No Paraná, Caiobá, Guaratuba e Matinhos.

A pesquisa revelou ainda que 15% dos entrevistados têm intenção de adquirir um imóvel comercial para compra como investimento. Destes, 57% procuram sala comercial, sendo que a maioria deles para unidades com área privativa de até 50 metros quadrados, com valor entre R$ 200 mil e R$ 350 mil. Os bairros com a maior quantidade de citações para a aquisição do imóvel comercial foram Centro, Água Verde e Batel com 43%, 33% e 29% das menções, respectivamente.

Fonte: contato@memilia.com