Aumento de 17% no número de empreendimentos residenciais lançados e de 61,7% de apartamentos novos para a venda em Curitiba. Segundo pesquisa da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi/PR), em parceria com a BRAIN Bureau de Inteligência Corporativa, esse é o balanço do setor de imóveis novos na capital paranaense no 1º semestre desse ano, em relação ao mesmo período do ano passado. O estudo mostra que o número de empreendimentos passou de 18 para 21 e o de unidades de 1.109 para 1.793.
Na análise por empreendimento, a pesquisa da Ademi/PR e da BRAIN revela que os crescimentos mais significativos foram para os imóveis a partir de R$ 215 mil, com destaque para os edifícios no padrão médio (de R$ 400.001,00 a R$ 700 mil) e de luxo (de R$ 1.000.001,00 a R$ 2 milhões) que dobraram em volume lançado, totalizando quatro e dois novos empreendimentos colocados no mercado no 1º semestre do ano.
Todos os padrões apresentaram crescimento da oferta de unidades lançadas de janeiro a junho de 2017, na comparação com o mesmo período de 2016, com destaque para os padrões médio, que passaram de 85 para 388 unidades (quatro vezes mais) e alto (com preço de R$ 700.001,00 a R$ 1 milhão), que dobraram em novos imóveis, passando de 150 para 344 apartamentos.
O presidente da Ademi/PR, Jacirlei Soares Santos, disse que isso é um indicador de confiança do setor para uma retomada gradual da produção de imóveis voltadas à classe média. “Com o controle da inflação, alguns bancos já anunciaram a redução da taxa de juros para financiamento imobiliário. Dessa forma, a expectativa é que o crédito volte a circular com mais intensidade no mercado e isso, somado a estabilidade dos níveis de emprego, criar um cenário promissor para a demanda de imóveis a esse público”, comenta.
Soares lembra ainda que o controle da inflação impacta diretamente na questão do funding imobiliário, pois, isso implica numa menor rentabilidade das aplicações financeiras ligadas ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário), fazendo com que os recursos gradativamente migrem para aplicações mais conservadoras, como a poupança, que é a principal fonte de captação de recursos para o crédito imobiliário, e até mesmo sejam usados para o investimento no imóvel, com fins de locação e revenda.
“Estamos no fim do ciclo de oportunidades de compra do imóvel, especialmente de residenciais prontos para morar, com valores mais atrativos. Quem comprar agora, o fará a um preço bastante competitivo e certamente terá valorização na venda quando da efetiva retomada da economia”, opina o presidente da Ademi/PR. O setor comercial também começa a dar sinais de recuperação: em maio desse ano, Curitiba recebeu seu primeiro lançamento na área desde dezembro de 2016.
Preços - Segundo a pesquisa da Ademi/PR, em parceria com a BRAIN, em junho de 2017, pela primeira vez na história de Curitiba o preço médio do metro quadrado privativo anunciado rompeu a barreira dos R$ 7 mil e chegou a R$ 7.011,00 em junho de 2017, acumulando correção de 6% nos últimos 12 meses (contra 2,99% registrado pelo IPCA no período). “Além do aumento dos custos de construção e de padrão mais elevado dos novos empreendimentos, existem bairros com uma oferta mínima em relação à demanda, o que puxa o preço desses imóveis para cima”, explica o vice-presidente da Ademi/PR, Leonardo Pissetti.
Ainda no período, a maior correção foi para os apartamentos de 3 dormitórios e para os studios, lofts e apartamentos de 1 dormitório, de 7,2% e 5,5%, respectivamente, com metro quadrado privativo anunciado de R$ 6.931,00 e R$ 7.500,00, nessa ordem. No acumulado, o reajuste do preço médio do metro quadrado privativo anunciado é de 0,8%.
Na análise por bairro para junho de 2017, o Batel continua a deter o maior valor do metro quadrado privativo para todas as tipologias com metro quadrado privativo médio anunciado entre R$ 10.42500 e R$ 13.749,00, respectivamente. A pesquisa da Ademi/PR e da BRAIN, em maio de 2017, contou com uma oferta lançada acumulada de 387 empreendimentos residenciais novos (na planta, em construção ou concluídos) de construtoras, incorporadoras e imobiliárias em Curitiba, coletados diretamente junto às empresas do setor.
Demanda - Segundo o portal imobiliário Imovelweb, 51% dos imóveis buscados na capital paranaense são para aluguel e 49% para vendas, desses 64% são apartamentos e 36% casas. “Um levantamento que realizamos recentemente mostrou que, nos últimos 12 meses, enquanto os mercados imobiliários do Rio de Janeiro e São Paulo tiveram retração, o curitibano se movimentou similar à inflação. Com isso, acreditamos que o consumidor que deseja investir na região e está procurando uma boa oportunidade, deve aproveitar o momento”, destaca a coordenadora de Marketing, Angélica Quintela.
Fonte: contato@memilia.com
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